Foram passando os meses e a ideia de Marrocos, este ano, tinha ficado praticamente arrumada para mim. Pouco dinheiro – como sempre – e o facto de não ter moto assim me obrigava. Mas, nas boas histórias, com finais felizes, há sempre um mas incumbido de positivamente mudar o rumo da história, surgiu uma R1100 GS que apesar de ser de 1994 e contar já com uns 100000 quilómetros, estava (e está!) praticamente nova e, mais importante, a bom preço.
Marrocos ganhou corpo, as férias foram reajustadas e, depois de muitos stresses de ultima hora, como pneus que chegaram no antepenúltimo dia antes da partida, montados às tantas da manhã do dia anterior, malas preparadas na manhã do dia D, etc. Lá fomos nós: Marrocos, ir e voltar!
O primeiro dia que eu apelido de dia zero, não poderia começar cedo, com todas as peripécias do dia anterior. Apesar de se ter fixado a hora da partida para as 9:00h, à hora do almoço, conseguimos sair direitos a Tarifa, sem nada a declarar de relevante neste percurso, em termos de grupo. A nível pessoal, a minha habituação aos KarooT, para um praticamente inexperiente condutor de moto – desde 2001 a minha vida sempre passou pelas Vespas unicamente e só tive um mês para habituação à GS, mas com pneus de estrada – foi intimidadora e a sensação do “resvalar suavemente” nas curvas e sentir o passar dos tacos um a um, na inclinação da moto, assustou-me e à grande.
Chegados, ainda fomos um pouco sentir a noite, mas no dia seguinte o objectivo era o primeiro Ferry para Marrocos: FRS Tarifa – Tanger.
E finalmente o tão ansiado continente africano e o início de muitos e inesquecíveis momentos!
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