Chefchaouen

domingo, outubro 11, 2009

Chefchaouen era uma velha conhecida minha. E encontrei-a tão azul como tinha na memória de 2007.

Chefchaouen - Motas estacionadas à porta do "hotel"
Naquele ano e apesar da avaria na carrinha onde ia, alugamos um carro e conseguimos ainda ir até aqui. Não nos pudemos alongar mais, porque tínhamos uma reparação dispendiosa para fazer que, mal e porcamente, lá nos trouxe de volta a Portugal. Mas adiante...

O caminho até Chefchaouen está diferente e em construção; duas faixas de rodagem, traçado ligeiramente modificado – para melhor – excepção, talvez, nalguns troços de “serra”. Notei também que os Marroquinos estão muito mais civilizados na estrada e que o número de barreiras policiais diminuiu. Boas notícias!

Pelo caminho, resolvemos parar em Tetouen para comer e beber qualquer coisa e levantar alguns Dirham. Tetouen não conhecia e acabei por ficar a não conhecer na mesma, porque foi comer e andar. Deu para refrescar a memória em relação aos sabores da gastronomia Marroquina, mas... tudo a saber ao mesmo... durante duas semanas... veremos...

Em Chefchaouen sentimo-nos ainda no mundo ocidental. Muitos espanhóis e outros estrangeiros, adquiriram casas que transformaram em pequenos hotéis com internet e outros “luxos”. Muitos turistas, muito movimento, apesar de (AINDA) ser uma localidade pacata e gira, com a sua Medina toda em tons de azul.

Como se fazia sentir um calor descomunal, uma água fresquinha veio mesmo a calhar. O que não calhou nada foi ter voltado às motas e notar que os símbolos da BMW da R1200 GS do PP tinham desaparecido. Resultado das brincadeiras dos putos? Acto de vandalismo? Roubo premeditado? Eu acredito ter sido brincadeira e como saíam... não sei...

Barretes!?! Havia muitos! :)

Resolvemos pernoitar – já estava meio delineado à partida, mas esta era uma viagem “sem destinos certos” ou planeamentos rígidos – e ainda tivemos tempo, nas voltinhas pela Medina, para aprender que “Chewcream” (ler com pronúncia inglesa, se fizeram o favor) é obrigado em Marroquino e que “Mototuristas”, no dialecto local, meio espanhol, meio Marroquino, meio qualquer língua em que nos consigamos fazer entender, são turistas que visitam Marrocos de moto.

Ao jantar tagines e nova invasão do mesmo sabor do almoço, apesar da diferença dos pratos confeccionados, no momento e devorados, breves momentos depois...

Algumas fotos deste dia

Dia 02 – 11 de Outubro de 2009

domingo, outubro 11, 2009




Agora sim, o dia das grandes novidades, um novo país!

O primeiro impacto foi soft, quando saímos do barco o ambiente é muito familiar apesar das normais complicações para entrar em Marrocos, mas tudo o resto parecia me muito familiar, ate ao momento em que… saímos do centro da cidade de Tanger e… bem o cheiro começou… um cheiro “estranho” uns condutores esquisitos, uns carros “um pouco carregados”… O segundo impacto foi sem duvida forte… é tudo tão diferente… mas ao mesmo tempo tão parecido…

A primeira refeição foi curiosa, mas deixou me um pouco mais calmo, percebi que muito provavelmente não iria passar fome e iria conseguir comer, foi algo que não comentei com os meus companheiros de viagem, mas acreditem que foi um grande alivio…

A estrada ate Chefchaouen é gira, senti-me bem na estrada, curvas engraçadas e uma paisagem diferente, quando chegamos fiquei logo nervoso… roubaram me os símbolos da mota… enfim putos reguilas que só me deu vontade de os espancar, mas não havia nada a fazer a não ser esquecer.

A cidade propriamente dita é gira, veio a revelar-se uma das cidades mais giras da viagem e acabamos por ser muito bem recebidos, claro, esquecendo o episódio passado… e não sabendo ainda do que se iria passar durante a noite… fui logo o primeiro a ficar… digamos que mal da barriga para ser simpático!